domingo, 3 de fevereiro de 2013

Os caçadores do Ponto Ótimo (empurrando a regressão para a direita)


A regressão na Psicoterapia Reencarnacionista tem uma característica que todos nós devemos seguir, atendendo uma ordem do Mundo Espiritual: concluir a recordação no Ponto Ótimo, ou seja, quando o relato da pessoa regredida já alcançou o Mundo Espiritual (período intervidas) e todas as ressonâncias da vida terrena anterior já desapareceram, sejam as “físicas”, sejam as psicológicas e emocionais, e a pessoa está convivendo com as demais pessoas, participando da vida no Mundo Espiritual, aprendendo, estudando, muitas vezes trabalhando, colaborando. E nesse momento é que costumam acontecer os encontros com os Mentores Espirituais, os conselhos, as orientações, as instruções, seja uma recordação do que aconteceu lá no passado, seja agora, no momento atual. E essa é uma das grades riquezas da Regressão Terapêutica.

 

A grande maioria das Escolas de Terapia de Regressão no Brasil e no mundo, concluem a recordação durante a situação traumática acessada, logo após o seu final ou no momento da morte. E então utilizam a catarse, o esvaziamento das emoções e das sensações, a repetição algumas vezes da situação, etc., para, com isso, eliminar de dentro do Inconsciente da pessoa, o que estava escondido, trazendo os sintomas das fobias, do pânico, das depressões severas, das dores físicas crônicas, as angústias sem causa, uma sensação de isolamento, de solidão, de baixa autoestima, etc.

 

Como nós não utilizamos nenhum desses procedimentos (catarse, esvaziamento, repetição, etc.), para que a pessoa saia da sessão de regressão sentindo-se bem, ou de preferência muito bem, ou melhor ainda, ótima, é obrigatório que a sua recordação tenha alcançado, lá na situação original, o ponto onde isso estava acontecendo, e esse é o Ponto Ótimo. Nós somos como “Caçadores do Ponto Ótimo” e uma das nossas funções, enquanto auxiliares dos Mentores nas regressões é levar a recordação para a direita. O que isso significa? Imaginem um desenho aqui na tela do seu computador, uma linha horizontal (a vida terrena acessada), indo para a direita, ao seu final, uma linha ascendente, em curva, simbolizando a subida para o Mundo Espiritual e, ao final, uma outra linha horizontal, o período inter-vidas. A regressão começa, na imensa maioria dos casos, em uma vida terrena, ou seja, na linha horizontal bem à esquerda. O relato da pessoa vai indo para a direita, rumo a sua morte naquela vida, chega ao final da linha, vem o desencarne, começa a subida para o Mundo Espiritual, depois chega ao período inter-vidas, ela está recordando que chegou lá em cima, depois vem a recordação de sua estadia lá, está indo cada vez mais para a direita, tudo vai passando, está ficando bem, cada vez melhor, está mais para a direita, começa a conviver, a estudar, a aprender, o seu relato está cada vez mais à direita, começa a ajudar, a colaborar, cada vez mais feliz, mais disposta, mais leve, mais livre, a sua recordação já está bem à direita, está em um Ponto muito bom, ou já chegou ao Ponto Ótimo.

 

Com isso, não necessitamos utilizar a catarse, a repetição da situação traumática, o esvaziamento das emoções, das sensações, etc., pois isso já aconteceu lá na situação original, desde que o seu relato esteja bem à direita da linha horizontal que simboliza o período inter-vidas. Se não, ainda não está bem.

 

E então, se não procura-se levar a recordação até o Ponto Ótimo, onde tudo já passou, é melhor trabalhar com catarse, com esvaziamento, com repetição, mas aí não é o nosso Método, são outros Métodos de outras Escolas. O aluno do Curso e mesmo alguns psicoterapeutas reencarnacionistas formados devem optar por um Método com o qual simpatize, o nosso ou algum outro. O que não deve fazer é não fazer nenhum direito, nem o nosso, nem o de outra Escola, e concluir a recordação sem chegar ao Ponto Ótimo e também sem fazer a catarse, o esvaziamento ou a repetição algumas vezes do fato traumático.

 

Quem seguir a Psicoterapia Reencarnacionista deve trabalhar com a Regressão Terapêutica, na qual, obrigatoriamente, a recordação deve chegar ao Ponto Ótimo (ou o melhor que ficou naquela ocasião, pois em cerca de 10 a 20% das ocasiões, a pessoa não chegou ao Ponto Ótimo, chegou a um ponto bom ou muito bom). Deve, obrigatoriamente, existir essa atenção da sua parte, ir levando o relato da pessoa para a direita, sempre para a direita, aqui na Terra, sobe para o Mundo Espiritual, desta no período inter-vidas, vai indo para a direita, cada vez mais, quanto mais vai indo para a direita melhor vai ficando, tudo vai passando, estamos em busca do Ponto Ótimo.

 

Tudo já ter passado, estar em um lugar claro, sentindo-se bem, mas sozinha, não fazendo nada, não é Ponto Ótimo, é ponto regular.

 

Estar já no período inter-vidas, já recordou que passou por tratamento, está em um jardim, sente que tem pessoas, mas não interage, está isolada, não foi para um Grupo de Estudos, não recordou as orientações que recebeu é melhor do que estava, mas não é Ponto Ótimo, é um ponto bom.

 

Então temos o Ponto Horrível, que é quando começa a Regressão. E lá no final, podemos ajudar a pessoa a recordar o Ponto Ótimo (se existiu), um ponto bom, um ponto regular, um ponto mais ou menos ou um ponto um pouquinho melhor do que estava. No gráfico das linhas isso verifica-se onde está o relato da pessoa, desde a esquerda para a direita. A regra é: Quanto mais para a direita, melhor está a pessoa. Um pouquinho que seja, já é melhor do que estava antes. Para isso, deve existir uma nossa auto-exigência e um preciosismo e, em nome dele, as Táticas para isso. Como não usamos a catarse, o esvaziamento e a repetição do fato traumático, o que temos de fazer é ir levando o relato para a direita, para a direita, cada vez mais para a direita, quanto mais, melhor.

 

Há alguns anos, em uma Jornada de Atualização em Santo André, São Paulo, eu estava com um Grupo de ex-alunos, atualizando-os. Havia ali alunos que haviam formado-se há anos atrás, e quando eu falei de uma novidade na ocasião, que era o Ponto Ótimo, uma aluna me disse: “O senhor não falava nisso na minha turma.” Respondi que não, era uma novidade. Ela me disse, então, que agora entendia o que uma senhora que ela atendia havia lhe dito ao final de uma sessão de regressão, quando falou que ela podia retornar: “Dra., o meu Mentor está lhe dizendo que ainda não está na hora de acabar a minha regressão, eu ainda não cheguei no Ponto Ótimo!”

 

Mauro Kwitko

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