terça-feira, 23 de julho de 2013

ALZHEIMER uma doença espiritual Será???????


Enviado por nosso amigo e leitor Antonio Camargo.

 

Um artigo interessantíssimo para ser lido e entendido como um todo.
Melhor ainda por quem tiver contactos com alguém nessa condição de doença de Alzheimer. Vai entender alguma coisa do assunto!

 

Américo Marques Canhoto, médico especialista,  casado, pai de quatro filhos. Nasceu em Castelo de Mação, Santarém, Portugal. Médico da família desde 1978.
Atualmente, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto – Estado de São Paulo. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes que se diziam indicados por um médico : Dr. Eduardo Monteiro.
Procurando por  este colega de profissão, descobriu que esse médico era um espírito, que lhe informou:
Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do espírito.

Queremos dividir com os leitores um pouco de algumas das observações pessoais a respeito dessa moléstia, fundamentadas em casos de consultório e na vida familiar –  dois casos na família. Achamos importante também analisar o problema dos ‘cuidadores’ do doente (família).
Além de trazer à discussão o problema da precocidade com que as coisas acontecem no momento atual. Será que as projeções estatísticas de alguns anos atrás valem para hoje? Serão confiáveis como sempre foram? Se tudo está mais precoce, o que impede de doenças com possibilidade de surgirem lá pelos 65 anos de idade apareçam lá pela casa dos 50 ou até menos?
Alerta
- É incalculável o número de pessoas de todas as idades (até crianças) que já apresentam alterações de memória recente e de déficit de atenção (primeira fase da doença de Alzheimer). Lógico que os motivos são o estilo de vida atual, estresse crônico, distúrbios do sono, medicamentos, estimulantes como a cafeína e outros etc. Mas, quem garante que nosso estilo de vida vai mudar? Então, quanto tempo o organismo suportará antes de começar a degenerar? É possível que em breve tenhamos jovens com Alzheimer?

Alguns traços de personalidade das pessoas portadoras de Alzheimer

- Em nossa experiência, temos observado algumas características que se repetem:

a) Costumam ser muito focadas em si mesmas.
b) Vivem em função das suas necessidades e das pessoas com as quais criam um processo de co-  dependência e até de simbiose.
c) Seus objetivos de vida são limitados (em se tratando de evolução).
d) São de poucos amigos.
e) Gostam de viver isoladas.
f) Não ousam mudar.
g) Conservadoras até o limite.
h) Sua dieta é sempre a mesma.
i) Criam para si uma rotina de ‘ratinho de laboratório’.
j) São muito metódicas.
k) Costumam apresentar pensamentos circulares e idéias repetitivas bem antes da doença se caracterizar.
l) Cultivam manias e desenvolvem TOC (transtorno obsessivo compulsivo) com freqüência.
m) Teimosas, desconfiadas, não gostam de pensar.
n) Leitura os enfastia.
o) Não são chegadas em ajudar o próximo.
p) Avessas á prática de atividades físicas.
q) Facilmente entram em depressão.
r) Agressivas contidas.
s) Lidam mal com as frustrações que sempre tentam camuflar.
t) Não se engajam.
u) Apresentam distúrbios da sexualidade como impotência precoce e frigidez.
v) Bloqueadas na afetividade e na sexualidade. Algumas têm dificuldades em manifestar carinho, para elas um abraço, um beijo, um afago requer um esforço sobre-humano.

Gatilhos que costumam desencadear o processo:

- Na atualidade a parcela da população que corre mais risco, são os que se aposentam – especialmente os que se aposentam cedo e não criam objetivos de vida de troca interativa em seqüência. Isolam-se.
Adoram TV porque não os obriga a raciocinar, pois não gostam de pensar para não precisar fazer escolhas ou mudanças. Avarentos de afeto e carentes de trocas afetivas quando não podem vampirizar os parentes, deprimem-se escancarando as portas para a degeneração fisiológica e principalmente para os processos obsessivos. Nessa situação degeneram com incrível rapidez, de uma hora para outra.


Alzheimer e mediunidade

- No decorrer do processo os laços fluídicos ficam tão flexíveis que eles falam com pessoas que não enxergamos nem sentimos. Chegam a transmitirem o que dizem os desencarnados ou são usados de forma direta para comunicações.
Esta condição fluídica permite que acessem com facilidade o filme das vidas passadas (bem mais a última) – muitas vezes nesses momentos, nos nomeiam e nos tratam como se fossemos outras pessoas que viveram com eles na última existência e nos relatam o que ‘fizemos’ juntos, caso tenhamos vivido próximos na última existência. Vale aqui uma ressalva, esse fato ocorre em muitos doentes terminais e em algumas pessoas durante processos febris.
Obsessão
- É bem comum que a doença insidiosamente se instale através de um processo arquitetado por obsessores, pois os que costumam apresentar essa doença não são muito adeptos da ajuda ao próximo e do amor incondicional; daí ficam vulneráveis às vinganças e retaliações. É raro que bons tarefeiros a serviço do Cristo transformem-se em Alzheimer. Mas, quem é ou quais são os alvos do processo obsessivo? O doente ou a família?

Alzheimer – o umbral para os ainda encarnados

- O medo de dormir reflete, dentre outras coisas, as companhias espirituais nada agradáveis. Os ‘cuidadores’ desses pacientes tem mil histórias a contar e muitos depoimentos a fazer. Esse assunto merece muitos comentários.

O espírito volta para a vitrine
- Tal e qual o espírito que reencarna; pois na infância nosso espírito está na vitrine, já que ainda não sofreu a ação da educação formal. Esse tipo de doença libera toda a nossa real condição que, perde as contenções da personalidade formal e mostra sua verdadeira condição: nua e crua.
Para quê? Quem pode se beneficiar com isso? Serão os familiares mais atentos? Os profissionais da saúde?
Como médica, tive um caso curioso, nosso paciente se beneficiava na parte cognitiva com a medicação específica mas, tivemos que suspendê-la, pois, ele que antes parecia um ‘docinho de coco’, com o evoluir da doença, mostrou sua personalidade agressiva e manifestava-se de tal forma que chegou a ser expulso de uma clínica especializada pois do nada agredia os outros internos – na decisão de consenso optou-se por manter as tradicionais ‘camisas de força’ (remédios que todos conhecem).

Os cuidadores

- Mesmo com medo de ter que ‘cuidar de uma antiga criança mal educada’ como se tornam os portadores dessa doença; ela não deixa de ser uma oportunidade ímpar de desenvolvermos qualidades espirituais a ‘toque de caixa’. Feliz de quem encara essa tarefa sem dia sem noite, sem férias. Pena que algumas pessoas não sejam capazes de suportar tal tarefa com calma – Quem se arrisca a encarar com bom humor e realizar o que for possível ajudando a esse irmão? Serão os cuidadores vítimas ou felizardos? O que isso tem a ver com o passado? Cada qual que decida…
Quantos cuidadores se tornarão doentes?
- Alerta: ‘Cuidadores’ costumam não aprender nada e, repetem a lição para os outros, tornam-se ferramentas de aprendizado.
O que é possível aprender como cuidador?  Paciência, tolerância, aceitação, dedicação incondicional ao próximo, desprendimento, humildade, inteligência, capacidade de decidir por si e pelo outro. Amor.

Para o ‘cuidador’ é diferente o Alzheimer rico do pobre?

- O que mais se vê é o pobre sendo cuidado pela família e o rico sendo cuidado por terceiros. Quem ganha o que e quanto? Terceirizar tem algum mérito? Tornar-se doente de Alzheimer na classe média é uma loteria; por quem ou onde seremos ‘cuidados’?
Cuidador ou responsável?
- Tal e qual na infância temos pais ou responsáveis, neste caso vale a mesma analogia.
O que o cuidador ganha ou perde?
- Vale a pena abdicar de uma tarefa de vida para cuidar de uma pessoa que tudo fez para ficar nessa condição de necessitado? – Quem ou o que dita os valores? Quem ganha ou perde o que? Em qual condições? – Na dúvida chame Jesus, Ele explica tudo muito bem…

O problema da obsessão

- Quem obsidia quem? Cuidador e doente são antigos obsessores um do outro – não é preciso recuar muito no tempo, pois mesmo nesta existência, com um pouco de honestidade dá para analisar o processo em andamento; na dúvida basta analisar as relações familiares, como as coisas ocorreram.
Não foi possível? – não importa; basta que hoje, no decorrer do processo da doença, avaliemos o que nos diz o doente nas suas ‘crises de mediunidade’: você fez isso ou aquilo, agora vai ver! – preste muita atenção em tudo que o doente diz, pois aí, pode estar a chave para entendermos a relação entre o passado e o presente.
Quem ganha e quem perde a briga? O doente parece estar em situação desfavorável, pois aparentemente perdeu a capacidade de arquitetar, decidir – mas, quem sabe ele abriu mão disso, para tornar-se simples instrumento de outros desencarnados que estão em melhores condições de azucrinar a vida do inimigo (alianças e conchavos) – Quem sabe?
A dieta influencia
- Os portadores da doença costumam ter hábitos de alimentação sem muita variação centrada em carboidratos e alimentos industrializados.
Descuidam-se no uso de frutas, verduras e legumes frescos, além de alimentos ricos em ômega3 e ômega6, devem consumir mais peixe e gorduras de origem vegetal (castanha do Pará, nozes, coco, azeite de oliva extra virgem, óleo de semente de gergelim).
Estudos recentes mostram que até os processos depressivos podem ser atenuados ou evitados pela mudança de dieta.

Doença silenciosa?

- Nem tanto, pois avisos é que não faltam, desde a infância analisando e estudando as características da criança, é possível diagnosticar boa parte dos problemas que se apresentarão para serem resolvidos durante a atual existência, até o problema da doença de Alzheimer.
Dia após dia, fase após fase o quadro do que nos espera no futuro vai ficando claro.
Fique esperto: Evangelize-se (no sentido de praticar não de apenas conhecer) para não precisar voltar a usar fraldas.

O mal de Alzheimer é hereditário? Pode ser transmitido?

- Sim pode, mas não de forma passiva inscrito no DNA, e sim, pelo aprendizado e pela cópia de modelos de comportamento. Lógico que pode ser contagioso; mas pela convivência descuidada fruto de uma educação sem Evangelização.

Remédios resolvem?

- Ajudar até que ajudam; mas resolver é impossível, ilógico e cruel se, possível fosse – pois, nem todos tem acesso a todos os recursos ao mesmo tempo.
Remédios usados sem a contrapartida da reforma no pensar, sentir e agir podem causar terríveis problemas de atraso evolutivo individual e coletivo; pois apenas abrandam os efeitos sem mexer nas causas. Tapam o sol com a peneira.
Remédios previnem?
- Claro que não – apenas adiam o inexorável.
Quanto a isso, até os cientistas mais agnósticos concordam.
Um dos mais eficazes remédios já inventados foram os grupos de apoio á terceira idade. A convivência saudável e as atividades que possam ser feitas em grupo geram um fluxo de energia curativa.
A doença de Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do espírito que se torna solitário por opção. O interesse pelos amigos é um bom remédio.

Qual a vacina?

- Desde que saibamos separar a vacina ativa da passiva.
O ato de nos vacinarmos contra a doença de Alzheimer é o de estudar as características de personalidade, caráter e comportamento dos que a vivenciam, para que não as repitamos.
A melhor e mais eficiente delas é o estudo, o desenvolvimento da inteligência, da criatividade e a prática da caridade. Seguir ao pé da letra o recado que nos deixou o Espírito da Verdade:
‘Amai-vos e instruí-vos’.

Quer evitar tornar-se um Alzheimer?
Torne sua vida produtiva, pratique sem cessar o perdão e a caridade com muito esforço e inteligência.

Muito mais há para ser analisado e discutido sobre este problema evolutivo que promete nos visitar cada dia mais precocemente, além das dúvidas que levantamos esperamos que os interessados não se furtem ao saudável debate.
Até breve. Muita paz…

Artigo.: Alzheimer: É Possível Evitar
Por.: Dr. Américo Marques Canhoto (Casado, pai de quatro filhos. Nasceu em Castelo de Mação, Santarém, Portugal. Médico da família, clinica desde o ano de 1978. Hoje, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto, Estado de São Paulo. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes indicados pelo doutor Eduardo Monteiro.
Depois descobriu que esse médico era um espírito.

Site Jornal dos Espíritos
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“Quando o amor não sabe dividir-se, a felicidade não consegue multiplicar-se”

“Seja mais humano e agradável com as pessoas.
Cada uma das pessoas com quem você convive
está travando algum tipo de batalha”

“A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter,
e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.”
Arthur Schopenhauer

 


 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Nossos muitos “euzinhos” em ECOLOGIA INTERIOR


Todos nos queremos encontrar a paz de espírito. Essa é a busca de nossa vida, um trabalho que requer antes de qualquer coisa que aceitemos o que realmente somos. Descobrir benefícios até nas qualidades que mais odiamos é um processo criativo que necessita apenas o desejo profundo de ouvir e aprender, vontade de liberar crenças e juízos obsoletos e a disposição para se sentir melhor. Seu verdadeiro Eu não julga. Somente o ego guiado pelo medo cria juízos para nos proteger – proteção essa que, ironicamente, nos impede de chegar à realização pessoal. Precisamos estar preparados para amar tudo aquilo de que temos medo. “Meus ressentimentos escondem a luz do mundo”, diz Um Curso em Milagres.

Para vencer o ego e as suas defesas, temos que permanecer calmos, ter coragem e ouvir nossas vozes interiores. Atrás de nossas máscaras sociais estão escondidos milhares de rostos. Cada um deles tem uma personalidade própria. Cada personalidade tem características próprias e particulares. Ao manter diálogos interiores com essas personalidades, transformamos os preconceitos e juízos egotistas em tesouros sem preço. Quando aceitamos as mensagens de cada aspecto de nossa inconsciência, começamos a recuperar a poder que entregávamos aos outros e estabelecemos um elo de confiança com o autêntico Eu. As vozes de nossas qualidades não assumidas, quando forem admitidas na consciência, devolverão o equilíbrio e a harmonia em seus ritmos naturais. Restaurarão a capacidade de resolver os próprios problemas e deixarão claro qual é o nosso propósito de vida. Essas mensagens nos conduzirão a descobrir o amor e a compaixão autênticos.

Examinar essas personalidades é um instrumento que nos ajuda a recuperar as partes perdidas de nós mesmos. Primeiro precisamos identificá-las e dar-lhes nomes, então estaremos prontos para nos desligar delas. Na verdade, nomeá-las cria distâncias. Somos dominados por tudo aquilo com que o nosso ser se identifica. Conseguimos dominar e controlar tudo o que não identificamos conosco. Se eu separar uma das minhas características de que não gosto, a coitadinha por exemplo, e então a chamar de Cotinha coitadinha, de repente ela me parecerá menos assustadora. O interessante é que, assim que falamos desses aspectos, passamos a sentir ternura por eles. Somos capazes então de assumir uma posição à distância e olhar para eles objetivamente. Esse processo começa a afrouxar o controle que esses comportamentos exerciam sobre a nossa vida.

Essas personalidades revelam os comportamentos que consideramos inaceitáveis em nós mesmos. Numa determinada época, nós os descartamos porque não éramos capazes de aceitá-los ou não queríamos fazer isso. Como deixamos do lado de fora certas partes de nós, não tínhamos contato com a totalidade do nosso ser. Quando olhamos para dentro, vemos que aqueles traços de caráter gritavam pedindo nossa atenção. E eles nos guião rumo ao próximo passo para a transformação da nossa vida. E vamos percebendo que temos tantas personalidades quanto traços. Podemos descobrir vários e, em qualquer momento que olhemos, somos capazes de descobrir um rosto novo, uma voz nova e uma nova mensagem. Mesmo as mais sombrias personalidades criam benefícios. Precisamos apenas estar dispostos a passar algum tempo com cada uma delas para ouvir a voz de sua sabedoria.

Para explorar seu mundo interior, você tem de estar disposto a usar seu tempo. Em Conversando com, de Neale Walsch, Deus nos faz lembrar que: “Se você não for para dentro vai ficar de fora”. Caso você leve essa mensagem a sério, ela pode mudar sua vida. Ao entrar em você mesmo e formar um relacionamento com todo o seu ser, você começa a perceber que tem habilidade para dirigir sua vida na direção que escolher. Não há presente maior que você possa se dar. Então, quando disser: “Quero mais dinheiro, mais amor, mais criatividade, mais amigos ou um corpo mais sadio”, você terá a fé necessária para manifestar isso.

Quando você começa a dialogar com suas vozes interiores A confiança é sempre o maior problema. A questão mais comum parece ser: “Como posso saber se estou ouvindo de fato a minha verdade interior?” Depois de algumas visitas às suas personalidades, fica fácil distinguir se você está falando com uma personalidade ou ouvindo uma tagarelice negativa. Sua voz interior negativa raramente tem uma mensagem positiva ou benéfica para você. Há muitas formas de se ajudar a chegar num lugar interior autêntico. A meditação pode ser um meio ideal para acalmar a mente e seu falatório negativo. Uma outra forma fácil e rápida que você pode tentar é a dança. Ponha uma música suave e bonita e se deixe levar por, mais ou menos, meia hora. Sente-se, então, feche os olhos e comece a acompanhar sua respiração. Se estiver num lugar verdadeiramente calmo, você começará a distinguir entre a mente e o coração. Isso requer alguma prática, mas, uma vez feita essa distinção, o processo de descobrir e explorar suas personalidades se tornará muito mais simples. Sua mente pode ser insensível. Seu coração, embora às vezes, direto e obstinado, estará sempre cheio de compaixão.

Fonte: Universo Natural

domingo, 7 de julho de 2013

O nascimento da emoção


Além da agitação do pensamento, embora não inteiramente separada dele, existe outra dimensão do ego: a emoção. Isso não quer dizer que todo pensamento e toda emoção pertençam ao ego. Esses elementos se convertem no ego apenas quando nos identificamos com eles ou quando eles assumem o controle sobre nós, isto é, quando se tornam o eu.

O organismo físico, nosso corpo, tem inteligência própria, assim como os organismos de todas as formas de vida. E essa inteligência reage ao que a mente diz, aos pensamentos. Portanto, a emoção é a resposta do corpo à mente. A inteligência do corpo, evidentemente, é uma parte inseparável da inteligência universal, uma das suas incontáveis manifestações. Ela dá coesão temporária aos átomos e às moléculas que constituem o organismo físico. E o princípio organizador por trás do funcionamento de todos os órgãos; da conversão de oxigênio e alimento em energia; dos batimentos cardíacos e da circulação do sangue; do sistema imunológico, que protege o corpo dos invasores; e da conversão das informações sensoriais em impulsos nervosos que são enviados ao cérebro, decodificados e reagrupados num quadro interior coerente com a realidade exterior. Tudo isso, assim como milhares de outras funções que ocorrem ao mesmo tempo, é coordenado com perfeição pela inteligência. Não somos nós que conduzimos o corpo. A inteligência faz isso. Ela também é responsável pelas respostas do organismo ao ambiente.

Isso se aplica a todas as formas de vida. É a mesma inteligência que dá forma física à planta e depois se manifesta como a flor que dela surge, aquela que, de manhã, abre as pétalas para receber os pios de sol e, à noite, as fecha. É a mesma inteligência que se revela como Gaia, o ser vivo complexo que é o planeta Terra.

Essa inteligência faz surgir as reações instintivas do organismo a tudo o que representa uma ameaça ou um desafio. No caso dos animais, ela produz respostas que parecem ter afinidade com as emoções humanas, como raiva, medo e prazer. Essas reações instintivas poderiam ser consideradas formas primordiais de emoção. Em determinadas situações, os seres humanos as manifestam da mesma maneira que os animais. Diante do perigo, quando a sobrevivência do organismo é ameaçada, o coração bate mais rápido, os músculos se contraem, a respiração se acelera numa preparação para a luta ou a fuga. O medo primordial. Quando o corpo se vê sem possibilidade de fuga, uma descarga súbita de energia intensa lhe dá uma força que ele não tinha antes. A raiva primordial. Essas reações instintivas se assemelham às emoções, mas não são emoções no verdadeiro sentido da palavra. A diferença fundamental entre elas é: enquanto a reação instintiva é a resposta direta do corpo a uma situação externa, a emoção é a reação do corpo a um pensamento.

Indiretamente, uma emoção também pode ser uma reação a uma situação ou a um acontecimento real, porém ela será uma reação ao acontecimento que terá passado pelo filtro da interpretação mental, do pensamento, ou seja, dos conceitos de bom e mau, semelhante e diferente, eu e meu. Por exemplo, pode ser que você não sinta nenhuma emoção ao ser informado de que o carro de alguém foi roubado. No entanto, caso se trate do seu carro, é provável que fique perturbado. E impressionante a quantidade de emoção que um pequeno conceito mental como “meu” pode gerar.

Embora o corpo seja muito inteligente, ele não consegue diferenciar uma situação real de um pensamento. Por isso reage a todo pensamento como se fosse a realidade. Para o corpo, um pensamento preocupante, assustador, corresponde a “Estou em perigo”, e ele responde à altura, embora a pessoa que esteja pensando isso possa estar deitada numa cama quente e confortável. O coração bate mais forte, os músculos se contraem, a respiração se acelera. Forma-se um acúmulo de energia, mas, uma vez que o perigo é apenas uma ficção mental, a energia não flui. Parte dela retorna à mente e dá origem a outros pensamentos ainda mais ansiosos. O resto da energia se converte em toxinas e interfere no funcionamento harmonioso do corpo.

 

Eckhart Tolle