Quando nos identificamos com o pensamento do Cristo e nos
impregnamos da mensagem de que Ele se fez Messias, sempre temos algo que dar em
Seu nome, àqueles que se nos acercam em aflição.
Dentre os recursos valiosos, de que podemos dispor em
benefício do nosso próximo, destaca-se a "imposição das mãos" em
socorro da saúde alquebrada ou das forças em deperecimento. A recuperação de
pacientes, portadores de diversas enfermidades, estava incluída na pauta das
tarefas libertadoras de Jesus.
De acordo com a gênese do mal de que cada necessitado se
fazia portador, Ele aplicava o concurso terapêutico, restabelecendo o
equilíbrio e favorecendo com a paz.
"Impondo as mãos" generosas, cegos e surdos, mudos
e feridos renovavam-se, tornando ao estado de bem-estar anterior. Estimuladas
pela força invisível que Ele transmitia, as células se refaziam, restaurando o
organismo em carência.
Com o seu auxílio, os alienados mentais eram trazidos de
volta à lucidez e os obsedados recobravam a ordem psíquica em face dos
espíritos atormentadores que os maltratavam, os deixarem.
Estáticos e catalépticos obedeciam-Lhe à voz, quando
chamados de retorno.
Esse ministério, porém, que decorre do amor, ele nos
facultou realizar, para que demos prosseguimento ao Seu trabalho entre os
homens sofredores do mundo.
Certamente, que não nos encontramos em condições de
conseguir os feitos e êxitos que Ele produziu. Sem embargo, interessados na paz
e renovação do próximo, é-nos lícito oferecer as possibilidades de que
dispomos, na certeza de que os nossos tentames não serão em vão.
Jesus conhecia o passado daqueles que O buscavam,
favorecendo-os de acordo com o merecimento de cada um. Outrossim, doando
misericórdia de acréscimo, mediante a qual os beneficiados poderiam conquistar
valores para o futuro, repartindo os bens da alegria, estrada a fora, em festa
de corações renovados.
Colocando-se, o cristão novo, à disposição do bem, pode e
deve "impor as mãos" nos companheiros desfalecidos da luta, nos que
tombaram, nos que se encontram aturdidos por obsessões tenazes ou desalinhados
mentalmente...
Ampliando o campo de terapia espiritual, podemos aplicar
sobre a água os fluídos curadores que revitalizarão os campos vibratórios
desajustados naqueles que a sorveram, confiantes e resolutos à ação salutar da
própria transformação interior.
Tal concurso, propiciado pela caridade fraternal, não só
beneficia os padecentes em provas e expiações redentoras, como ajuda aqueles
que se aprestam ao labor, em razão destes filtrarem as energias benéficas que
promanam da Espiritualidade através dos mentores desencarnados e que são
canalizadas na direção daqueles necessitados.
É compreensível que se não devam aguardar resultados
imediatos, nem efeitos retumbantes, considerando-se a distância de evolução que
medeia entre o Senhor e nós, máxime na luta de ascensão e reparação dos erros
conforme nos encontramos.
Ninguém se prenda, neste ministério, às fórmulas
sacramentais ou a formas estereotipadas, que distraem a mente que se deve fixar
no objetivo do bem e não na maneira de expressa-lo.
Toda técnica é valiosa, quando a essência superior é
preservada. Assim, distende o passe socorrista com atitude mental enobrecida,
procurando amparar o irmão agoniado que te pede socorro.
Não procures motivos para escusar-te.
Abre-te ao amor e o amor te atenderá, embora reconheças
as próprias limitações e dificuldades, em cujo campo te movimentas.
Dentre muitos que buscavam Jesus, para o toque curador,
destacamos a força e confiança expressa no apelo a que se refere Marcos, no
capítulo cinco, versículo vinte e três do Evangelho: "E rogava-Lhe muito,
dizendo: - Minha filha está moribunda; rogo-Te que venhas e Lhe imponhas as
mãos para que sare e viva."
Faze, portando, a "imposição das mãos", com o
amor e a "Fé que move montanhas", em benefício do teu próximo,
conforme gostarás que ele faça contigo, quando for tua a vez da
necessidade."
Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco
no dia 2 de abril de 1983, em Bucaramanga, Colômbia).
Joana de Angelis
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