Trabalhando
há cerca de 15 anos com a Regressão Terapêutica, mais de 6.000 pessoas
regredidas, posso afirmar com convicção que não só é possível recordar vidas
passadas como é muito benéfico, tanto para melhorar ou curar fobias, pânico,
depressões severas, fibromialgia e outras dores, como sensações inexplicáveis
de tristeza, de solidão, de abandono, de baixa auto-estima, timidez, e também
raivas, autoritarismo, vaidade, orgulho, etc.
Mas um grande benefício, infelizmente pouco utilizado pelos
terapeutas de regressão, é a possibilidade das pessoas regredidas poderem
recordar COMO eram nesses últimos séculos, para comparar-se COMO são hoje, a
fim de poderem detectar com mais clareza para o que vêm reencarnando e para o
que reencarnaram dessa vez. Enquanto o benefício anteriormente citado é o
benefício clássico da terapia de regressão (desligamento), esse é o que
chamamos na Psicoterapia Reencarnacionista de benefício consciencial, e nos
ajuda a encontrar o que André Luiz chama de Personalidade Congênita
("Obreiros da Vida Eterna", págs.32-34, palestra do Dr.Barcellos no
Nosso Lar), a base do nosso tratamento psicoterápico, que visa ajudar as
pessoas a encontrarem sua proposta de Reforma Íntima e a realmente aproveitarem
essa atual encarnação, no sentido da evolução espiritual.
Mas os terapeutas de regressão e os pacientes não devem esquecer
da Lei do Esquecimento e a sua infração pode acarretar prejuízos kármicos
terríveis para um e para o outro, ou seja, para quem acessou o que não devia
acessar, o que estava fechado, reconheceu alguém de hoje lá quando não devia
reconhecer, como para o terapeuta que, irresponsavelmente, oportunizou isso,
geralmente por vaidade, prepotência ou ignorância da Ética na terapia de
regressão.
Recordar vidas passadas deve ser como ver o Telão, depois de
desencarnados, lá no Mundo Espiritual, ambos os procedimentos devem estar sob o
comando de Seres superiores e não nosso, dos terapeutas de regressão, ainda
encarnados, todos nós plenos de defeitos e inferioridades, resgates e culpas.
É possível, sim, mas deve ser respeitada a Ética e deve ser
exercida pelos terapeutas que sabem o que estão fazendo, o que devem fazer e,
principalmente, o que não devem, e que sabem confiar e passar o comando de tão
delicado procedimento para quem tem real competência para dirigi-lo: os
Mentores Espirituais dos pacientes.
E devemos relembrar que regressão não é turismo por vidas
passadas, não é acessar uma vida, pular para outra, para outra, e, no fim, não
desligar-se convenientemente de nenhuma delas nem aprender com a rememoração.
Isso pode até piorar um quadro fóbico, de pânico ou depressão, por reforçar a
sintonia com os traumas do passado. O desligamento correto é um ponto crucial,
da maior importância no processo.
Enfim, é possível acessar vidas passadas, que na verdade não são
vidas passadas, pois nós temos uma só vida, desde que Deus nos criou, só Ele
sabe para o que e para que, e nem é um Ele. Como a nossa "casca" não
dura para sempre, de vez em quando ela morre por idade, doença,
acidente, homicídio ou suicídio, e deve, então, ser substituída por outra, o
que chamamos, erroneamente, de "outra vida".
Então, falando corretamente, não é acessar "vidas"
passadas e, sim, o passado da nossa vida, escondido dentro do nosso
Inconsciente. Paradoxalmente, estamos continuando o trabalho do Dr. Freud,
somos seus seguidores. Quem
diria...
Autor: Dr. Mauro Kwitko.
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